Com a alta em setembro, a inflação no Brasil voltou aos dois dígitos. Medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o índice acumulado em 12 meses chegou a 10,25%.
Alta é puxada pela pandemia, habitação e energia, além da crise política no país. Segundo dados divulgados em 08 de outubro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação acelerou de 0.87% em agosto para 1,16% em setembro.
Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados acusaram alta em setembro. O maior impacto veio da habitação (0,41%), seguida do transporte (0,38%) e alimentação e bebidas (0,21%).
O impacto da inflação de dois dígitos
Keyler Rocha, professor aposentado da faculdade de Economia e Administração da USP, explica que o conceito de inflação é a alta generalizada de preços no mercado, seja a do consumo comum, o de capitais, o de crédito, entre outros.
A inflação de dois dígitos reforça de forma muito negativa a expectativa para o movimento dos preços. “Quando as pessoas acreditam que a inflação vai aumentar, agem em função disso e aumentam os preços”, afirma Rocha. Como o país enfrenta uma série de problemas atualmente, as perspectivas de crescimento econômico são colocadas em xeque.
Para o especialista em renda fixa da Spiti, Guilherme Cadanhotto, a inflação alta é muito ruim para a economia real porque corrói o valor do dinheiro, o que diminui a expectativa da atividade econômica.
Ele explica que a tendência com a alta da inflação é de que, por conta da incerteza do cenário econômico, os empresários tenham menor recompensa financeira do que teriam e enxuguem contratações, expansões, investimentos e infraestrutura.
Por outro lado, Cadanhotto afirma que pessoas de menor renda, que não possuem acesso a instrumentos financeiros que protejam o dinheiro da inflação, perdem seu poder de compra, o que também tira o potencial de consumo da população.
No contexto atual, o Banco Central, que é a maior autoridade monetária do país, usa o aumento da taxa básica de juros, a Selic, como sua principal arma. No entanto, esse aumento afeta as empresas, pois os custos maiores acabam refletindo no valor final dos produtos.
Keyler Rocha explica que o aumento na taxa de juros desestimula a inflação futura porque desestimula o crescimento econômico, então, devido à alta de juros, há uma perspectiva de retração pela frente.
Para o próximo ano, caso a alta dos juros for bem sucedida, a perspectiva é de queda na inflação. Porém, isso deve provocar uma redução do crescimento das atividades econômicas.
Cadanhotto informa que o impacto do aumento na taxa de juros leva de seis a nove meses para ser sentido na economia. A partir dessa informação, é possível afirmar que o Banco Central tende a manter os juros elevados para controlar a inflação de 2021 e a alta nos preços de 2022.
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