Para entender as consequências do aumento do preço do aço para a indústria metalúrgica, precisamos, primeiro, entender de onde ele vem.
Todas as ligas metálicas são amplamente utilizadas em nosso dia a dia, mas o aço é a mais utilizada no mundo industrializado por possuir propriedades como forte resistência a temperaturas altas, longa durabilidade e baixo custo de manutenção.
Mas qual a importância do aço para a sociedade?
Quando pensamos em aço, geralmente o relacionamos a obras, carros e ferramentas. Mas devido a sua versatilidade, este material está mais presente em nossa rotina do que temos consciência.
Da construção civil a eletrônicos usados corriqueiramente em nosso dia a dia, o aço é muito importante para nossa sociedade.
Construção civil
O aço revolucionou a indústria desde sua primeira utilização no século XVIII ao possibilitar sua utilização em diferentes estruturas arquitetônicas.
Ele pode ser utilizado nas edificações ao estruturar a base de uma construção ou complementando a estrutura de concreto de um um projeto.
Eletrônicos e eletrodomésticos
Celulares, máquinas de lavar roupas e liquidificadores são exemplos de produtos em que o aço está presente e que são utilizados todos os dias por milhões de pessoas.
Meios de transporte
Importante também na indústria automobilística, o aço é utilizado nas carrocerias, rodas e eixos de veículos, além de ser utilizado na produção de diversas estruturas dos metrôs.
Estruturas de energias
A busca por fontes de energias limpas, que trazem vantagens à sociedade como um todo, também se beneficia do uso do aço.
Como exemplo, podemos citar as estruturas feitas com o material e que possibilitam a utilização da energia eólica. Nelas, encontramos aço nos rolamentos, engrenagens e até nos sistemas das torres eólicas, que transformam o vento em energia.
A relevância do aço para a indústria
Agora que listamos alguns exemplos, podemos ver de forma mais clara o quão importante o aço é no nosso dia a dia e o quão versátil este material é para as mais diversas indústrias.
Margarete Cerutti, Engenheira de Desenvolvimento e Aplicação da ArcelorMittal, uma das maiores produtoras de aço do mundo, afirma que “por ser um produto que pode sofrer diversos processos, o aço é muito utilizado nas indústrias, na produção de diversos itens”.
Empresas que produzem aço são fundamentais, pois fornecem o insumo que abastece diversos setores da economia, que produzem itens essenciais para a nossa vida, como visto um pouco mais acima.
As consequências do reajuste do preço do aço
Em abril deste ano, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) divulgou um novo aumento do aço no país, sendo de 10% para alguns tipos de aços, 11,25% para folhas metálicas e 15% para vergalhões.
Desde 2020 vem acontecendo uma série de reajustes que impactam diferentes segmentos da indústria. Mas por que isso acontece?
As causas do aumento do preço do aço
A pandemia do coronavírus fortificou a recessão econômica no Brasil. Com o dólar batendo acima dos R$5, a matéria-prima importada do exterior ficou mais cara, o que dificultou o repasse a um preço competitivo.
Aliado a esse cenário desfavorável, a China, uma das principais exportadoras de aço para o Brasil, passou a reduzir a demanda de extração do metal, ao ser pressionada por mais ações sustentáveis no país.
Com a baixa na produção, o produto fica mais valorizado no mercado, o que acaba o tornando mais caro. E para completar o cenário, a China está dando preferência de venda da matéria-prima ao mercado interno, o que complica ainda mais a aquisição do material pelas empresas brasileiras.
A boa notícia é que o mercado brasileiro vem dando ótimos sinais para a recuperação da indústria.
O impacto do aumento do preço do aço
Conforme a indústria brasileira começa a reaquecer e retomar suas operações, o consumo do aço também volta a aumentar.
E é nesse sentido que o aumento do preço do aço preocupa, afinal, pequenas e médias empresas irão sofrer com os preços elevados, sendo obrigadas a repassar esse aumento para seus consumidores, elevando assim o preço do produto final.
De acordo com Ruben Antonio Bisi, vice-presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul e Região (Simecs), enquanto as empresas de grande porte fazem programações de prazos maiores junto às usinas, garantindo assim a prioridade das entregas feitas por elas, as empresas de médio e pequeno porte da Serra são atingidas de forma mais preocupante.
Segundo ele, o problema de abastecimento ainda atinge outras matérias-primas, como alumínio e plástico. A indústria moveleira, que tem seu polo nacional localizado em Bento Gonçalves, também sofre com a escassez de aço e outros insumos.
Essa condição reflete tanto no bolso do consumidor final quanto nas finanças da empresa. Rogério Francio, presidente da Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul, explica que, apesar do repasse ao cliente final já ter começado, a rentabilidade das empresas não aumentou.
Isso acontece porque, segundo Francio, “os aumentos para o mercado, de uma maneira geral, foram numa faixa entre 50% e 80%. Alguns produtos se repassaram inclusive o aumento de 100%, mas isso não significa que melhorou a lucratividade das empresas, porque tivemos de assumir outros custos, como dissídio da categoria e aumento da luz”.
Com a dificuldade de encontrar novos fornecedores, as metalúrgicas são obrigadas a se adaptar. Algumas optaram por reprocessar a matéria-prima. Outras foram obrigadas a aumentar seus prazos de entrega por terem sidos obrigadas a buscar materiais em São Paulo, e não mais no Sul.
A falta de matéria-prima faz, inclusive, que pedidos tenham que ser recusados por parte de algumas empresas para que consigam dar conta de cumprir com os prazos estipulados em negócios já fechados.
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